segunda-feira, 19 de julho de 2010

As Quatro Máximas do Perdão

 O perdão é um conceito que pouquíssimas pessoas entendem. Achamos que o nosso maior desafio é perdoar os outros pelo que nos fizeram. Mas essa é só a cereja do bolo.
É fácil perdoar os outros quando você já perdoou a si mesmo. Mas é impossível perdoar os outros se você ainda não perdoou a si mesmo.
O processo de perdão começa no seu próprio coração. Ele tem muito pouco a ver com as outras pessoas.
Se eu me perdôo, não acho difícil perdoar você. Se consigo remover o ferrão da culpa e da vergonha do meu coração, posso oferecer essa dádiva a você. Se eu consigo ver a minha própria inocência, posso ver a sua também.
 
A maioria de nós vive tentando fazer o caminho inverso. Tentamos perdoar primeiro  as outras pessoas e depois a nós mesmos. Isso causa um problema real, pois nem todo mundo quer ser perdoado. Algumas pessoas se recusam a ser perdoadas! Algumas se recusam até a acreditar que sejam culpadas!
Você já tentou perdoar alguém que não se sente culpado? É impossível! Não importa o quanto você se esforce, a pessoa simplesmente não deixa que você a perdoe.
Em contrapartida, existem pessoas que se sentem culpadas o tempo todo. Elas vivem atrás de você pedindo perdão, mas você simplesmente não consegue perdoá-las!
Mesmo quando percebe que é você quem precisa se perdoar, você ainda pode colocar o carro na frente dos bois. Pode pedir que outra pessoa perdoe você, um amigo talvez, um padre ou um rabino, talvez até mesmo Deus. Mas isso também não funciona. Você pode ser perdoado por centenas de pessoas - perdoado, aliás, por direito divino -, mas isso pouco importa se você não perdoou a si mesmo.

 Não adianta começar esse processo a partir de fora. A decisão de começar de fora só nos faz perder tempo e sentir mais culpa ainda. Ela não abre a porta do nosso coração. Essa porta só se abre quando percebemos que somos nós que estamos aborrecidos; que somos nós que nos sentimos culpados; que somos nós que atacamos e justificamos o nosso ataque; que somos nós que precisamos de perdão; e que ninguém mais pode nos dar esse perdão.
Por isso, a primeira máxima do perdão é que ele vem de dentro. É algo que você tem que fazer por si mesmo, antes de poder demonstrá-lo aos outros.
A máxima seguinte é que o perdão não é condicional nem parcial. O perdão é uma atitude que você toma com todo o seu ser, com todo o seu coração. Ele alivia você do fardo que carrega nos ombros, da dor que você sente. Quando se trata de perdão, não dá para fazer barganhas. No entanto, é exatamente isso que tentamos fazer.
PAUL FERRINI

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