domingo, 6 de dezembro de 2009

Sobre o aquecimento no planeta.


Hoje em dia praticamente toda a gente reconhece que o planeta está a aquecer e vai continuar a aquecer ainda mais e que a responsabilidade desse fenómeno é em grande parte culpa da Humanidade.
Um relatório do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas das Nações Unidas informa que a temperatura média da Terra aumentou 0,74 graus celsius entre 1906 e 2005 e prevê que essa média continue a aumentar. Quanto vai aquecer o nosso planeta no futuro, quem ou o que influência essas mudanças e que devemos fazer para lutar contra isso tem sido tema de debate há décadas. O aquecimento global tem sido sempre um tópico polémico não só por razões políticas mas também científicas. Há ainda muitas coisas que não compreendemos no nosso planeta. No entanto, o efeito de estufa tem sido bastante estudado. Trata-se de uma combinação de gases na atmosfera que retêm o calor do sol. O vapor da água tem um impacto significativo no efeito de estufa assim como o dióxido de carbono, o metano, o óxido nítrico e os CFCs. O dióxido de carbono, produzido pela queima de combustíveis fosseis, como carvão, petróleo ou gás é tido como o principal responsável pelo aquecimento global. Um dos grandes debates actuais consiste em saber qual é o nível “aceitável” de CO2 na atmosfera. Antes da revolução industrial esse nível era de 290 partes por milhão (ppm). Actualmente a média é de 383ppm. No entanto, argumenta-se que 350ppm é o limite máximo para uma margem de manobra sobre as alterações climáticas. Os efeitos do aquecimento global já são visíveis. As calotes polares estão a derreter e esse impacto pode ser sentido tanto a nível local como a nível global. Exemplo: um aumento da massa de água fria no Oceano Árctico pode criar distúrbios na Corrente do Golfo, a corrente marítima que transporta o calor dos trópicos para a Europa Ocidental.



As calotes desempenham o importante papel de reflectir o calor para fora da Terra, por isso menos gelo significa mais calor absorvido pelos oceanos. O nível do mar está a aumentar em parte devido à expansão termal da água e ao derretimento do manto de gelo. A erosão das costas, as tempestades e cheias, não só ameaçam a existência de várias ilhas como ainda a vida de milhões de pessoas no mundo inteiro que vivem em cidades costeiras. Os períodos de seca representam outro dos problemas emergentes, especialmente no leste africano, exacerbados por outros factores como a desflorestação e sobrepopulação. O aumento das temperaturas significa também que as cadeias montanhosas retêm menos neve e gelo afectando as provisões de água para aqueles que dela precisam no Verão.
O futuro do nosso clima é complexo. Muitos especialistas prevêem qual será a temperatura média em 2100 mas a discussão em torno do nível do mar é ainda muito acesa. Apesar disso, é evidente que a Terra atravessa um curto período de arrefecimento. Existem previsões bastante divulgadas de mais ondas de calor, cheias, e períodos de seca. Algumas áreas podem vir a tornar-se mais frescas outras mais chuvosas. O clima do nosso planeta é um sistema dual que muitos especialistas apelidam essencialmente de caótico, é por essa razão que uma grande parte deles encontra dificuldades na hora de construir modelos computadorizados que possam prever, a longo prazo, que efeitos terá, por exemplo, o derretimento do Oceano Árctico em 2100, ou a redução para metade das emissões de CO2 nas próximas décadas. Related Link: 100places.com
Image Credits
  • The Thames, London, Britain: © Michael Dunning / Getty Images
  • Kakadu Wetlands, Australia: © Belinda Wright / Getty Images
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